Aparecida Bucater e Elisabete Alves
MUDANÇAS UMA CONSTANTE!
Para iniciar vale ressaltar algumas mudanças que interferiram na relação profissional X empresa: evolução tecnológica, complexidade das técnicas de trabalho, questionamento dos hábitos de vida e valores, encolhimento do setor industrial e ampliação do setor de serviços, contradições políticas e sociais, mudanças nas relações trabalhistas, multiplicidade de culturas trazida pelas fusões e aquisições de organizações, percepção por parte das organizações da importância de seu capital intelectual.
Estas transformações impõem às organizações uma dinâmica permanente no sentido de se mudar a forma de gerir os negócios e as pessoas e impõem aos profissionais uma nova relação com as organizações, com sua vida profissional e, consequentemente, com sua carreira.
E COMO AS PESSOAS RECEBERAM ESSAS TRANSFORMAÇÕES?
Os profissionais foram tirados de sua zona de conforto, a empresa deixou de ser seu “guarda-chuva” protetor, deixaram de ter a segurança, a estabilidade e a comodidade de seu emprego para sempre.
Nesta turbulência alguns sucumbiram em tensões, sentimentos de negação, ansiedade, insegurança, raiva, frustração, medo do novo, de enfrentar mudanças, crenças de que “essa crise” iria passar, e outros passaram a aprender uma nova forma de relacionar-se com seu trabalho e com sua carreira.
O mercado passou a exigir profissionais bem informados, com visão de futuro, orientação para resultados e capacidade de inovação, que busquem desafios, que tenham iniciativa e flexibilidade para adaptar-se e lidar com ambiguidades, que sejam capazes de trabalhar em equipe e partilhar conhecimento e, principalmente, que sejam criativos e estejam motivados. Sem dúvida, o mercado está em busca de quem faça mais com menos, de quem faça a diferença.
Verificamos que muitas vezes a mercado tem uma velocidade e agilidade que os profissionais não conseguem acompanhar e muitas vezes perdem oportunidades por não clareza de suas forças, de seu diferencial e do que espera em termos da relação trabalho X objetivos de vida X valores, crenças e preferências.
CARREIRA E EMPREGABILIDADE
O planejamento da carreira passou a ser uma ferramenta individual para enfrentar os constantes desafios e as turbulências do mercado, de modo a minimizar ansiedades e a evitar desestruturação.
Não é raro encontrar profissionais, que ao enfrentar estas turbulências e se deparar com a necessidade de buscar uma nova oportunidade profissional se veem mergulhados em um círculo vicioso: por estarem desmotivados não conseguem uma nova recolocação e por não conseguirem uma nova posição sentem-se ainda mais desmotivados e não conseguem enxergar outras possibilidades!!!
Outros profissionais analisaram seu potencial de empregabilidade e foram buscar na educação continuada seu diferencial competitivo, adquirindo subsídios para expandir e aprofundar seus conhecimentos técnicos, desenvolver visão estratégica de negócio e maximizar sua competência interpessoal.
Ao refletir sobre seus valores, crenças, preferências, estilo de vida, visão de futuro o profissional torna-se capaz de perceber caminhos e alternativas, que nem sequer cogitava.
COMO ADMINISTRAR A CARREIRA
O primeiro passo é o profissional apoderar-se do seu caminho e refletir: onde estou? Aonde quero chegar? Como chegar lá? E a partir desta reflexão, criar a estratégia para sua carreira.
Toda empresa bem sucedida, tem no planejamento estratégico sua base de sustentação. E por que Você, a “empresa” mais importante, não tem seu planejamento estratégico? Vamos fazer o seu?
POR QUE É IMPORTANTE PLANEJAR SUA CARREIRA?
- Permite estimular uma revisão da postura do profissional frente ao seu trabalho, a partir do autoconhecimento em termos de preferências e projeto de vida.
- Forma uma visão realista, clara e apurada de suas qualidades, interesses e inclinações pessoais e profissionais.
- Permite uma autoanálise e a procura de sua verdadeira inclinação profissional, pois devido à maneira com que as carreiras são estruturadas, nem sempre o emprego e a inclinação profissional estão em consonância. As pessoas aceitam empregos, por diversas circunstâncias e nem sempre serão felizes, estarão totalmente engajadas e terão o melhor desempenho que poderiam.
- Quando as pessoas se tornam conscientes daquilo em que são boas, sabem o que querem e valorizam, desejam conservar sua autoimagem buscando constante crescimento.
“Imagine-se não como um arquiteto de sua carreira, mas como seu escultor. Esteja preparado para muito martelar, esculpir, raspar e polir.” B.C.Forbes.
Aparecida Bucater – Diretora da B&A, Consultora Organizacional, Coordenadora e Professora de cursos de Pós-Graduação presenciais e a distância.
Elisabete Alves - Consultora Organizacional, Professora de cursos de Pós-Graduação.
Contato: (11) 3582-8918 - contato@bucater.com.br